terça-feira, agosto 01, 2006

LINDO....

Canção do amor imprevisto

Eu som um homem fechado.
O mundo me tornou egoista e mau.
E aminha poesia é um vício triste,
Desesperado e solitário
Que eu faço tudo por abafar.

Mas tu apareceste com a tua boca fresca de madrugada,
Com o teu passo leve,
Com esses teus cabelos...

E o homem taciturno ficou imóvel, sem compreender nada
Numa alegria atônita...

A súbita, a dolorosa alegria de um espantalho inútil
Aonde viessem pousar os passarinhos.

Mário Quintana.

Um comentário:

SAM disse...

Bom gosto poético, não haja dúvidas!

Espero que tenha sucessos todos os sucessos que alguém que cita um poema desses mereça ter.

PS: nada como uma bela mulher e a sua "boca fresca de madrugada" para abrir o coração e a alma dum "homem fechado", não?