Canção do amor imprevisto
Eu som um homem fechado.
O mundo me tornou egoista e mau.
E aminha poesia é um vício triste,
Desesperado e solitário
Que eu faço tudo por abafar.
Mas tu apareceste com a tua boca fresca de madrugada,
Com o teu passo leve,
Com esses teus cabelos...
E o homem taciturno ficou imóvel, sem compreender nada
Numa alegria atônita...
A súbita, a dolorosa alegria de um espantalho inútil
Aonde viessem pousar os passarinhos.
Mário Quintana.
Um comentário:
Bom gosto poético, não haja dúvidas!
Espero que tenha sucessos todos os sucessos que alguém que cita um poema desses mereça ter.
PS: nada como uma bela mulher e a sua "boca fresca de madrugada" para abrir o coração e a alma dum "homem fechado", não?
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